Os detetives da Delegacia de combate ao trafico de drogas da AISP 109 -Delegacia Regional de Pouso Alegre, deram, no final da tarde desta terça, 10, mais um bote certeiro. A bola da vez foi o peixe graúdo Helielson Henrique dos Reis Prinz, 24 anos, conhecido entre o seleto grupo de consumidores de farinha do capeta, especialmente como Carudo.

Para lançar a rede sobre o vistoso bagre ensaboado do mandu, que distribuiu o pó branco para uma clientela mais refinada, ora em seu Audi Azul, ora em seu Montana preto, recém adquirido do amigo David Alexandre, ainda sem quitar, os policiais tiveram que antes pescar dezenas de lambaris até encher o samburá de informações.

Montado o dossiê, o delegado Gilson Baldassari solicitou e o homem da capa preta Carlos Cesar de Chechi e Franco expediu a carta branca, autorizando o bote… Agora era só esperar o momento certo de lançar a rede e pegar o peixe grande, de preferencia com a barriga cheia. Demorou alguns dias. O bagre estava muito ensaboado e só nadava de quebrada, nas beiras sombrias do rio ou em águas profundas. Ontem finalmente o peixe subiu à tona para respirar. O Montana preto fora localizado na estacionado na Duque de Caxias, enquanto ele viajava para Formiga, onde fora buscar uma carga de queijo. Uma dupla de policiais passou o dia esperando ao lado do carro. Outra foi esperá-lo na Perimetral. Ao ser abordado na Perimetral, Carudo  estava  limpo. Porém, antes da abordagem, correu para o Desmanche do Gato e se desfez da chave e documentos do veiculo GM Montana, preto. Porque será???

Durante vistoria no interior do Montana, devidamente acompanhada por um ‘galo’ arrolado no local, como manda a lei, os detetives encontraram a prova do crime… 25 barangas de farinha do capeta.

Tanto o Montana preto, quanto o Audi azul, de propriedade do traficante, segundo levantamentos dos detetives, usados para a traficancia de drogas, foram apreendidos de acordo com a lei 11.343.

Helielson Carudo Henrique dos Reis Prinz, na mais tradicional cara dura, disse que não tem idéia de quem seja a droga encontrada em seu carro. Mas não teve choro nem vela e nem fita amarela… Carudo, o traficante dos playboys, assinou seu primeiro 33 e foi  se hospedar no Hotel do Juquinha.